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DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

3 de maio é a data escolhida pela Unesco para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O tema de 2022 é “Jornalismo sob cerco digital: a era digital e o impacto na liberdade de expressão, na segurança dos jornalistas, no acesso à informação e na privacidade”.
Mas não há muito o que comemorar. Em 2020, 62 profissionais do ramo morreram enquanto exerciam seu trabalho e 90% dos criminosos permanecem impunes. Os dados são da Organização das Nações Unidas. Ainda conforme a ONU, os jornalistas enfrentam outras ameaças como sequestros, tortura, detenção e assédio. Para além das agressões pessoais, os profissionais de imprensa ainda precisam lidar com a desinformação no meio digital e uma aversão à imprensa livre defendida por alguns grupos sociais.
O Brasil enfrenta uma escalada de agressões a jornalistas. Somente em 2021, 430 casos foram registrados de acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), um recorde. Os crimes mais comuns são de censura, agressões verbais e ameaças. Em Goiás, o caso mais grave é o do radialista Valério Luiz, assassinado por pistoleiros na porta da rádio onde trabalhava no dia 5 de julho de 2021. O acusado de ser mandante do crime ainda não foi julgado.
Para a Unesco, o aumento da violência contra jornalistas pode indicar um enfraquecimento do Estado de direito e do sistema judicial. No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, vale a máxima de que, sem imprensa livre não há fatos, só propaganda.