Notícias

Sindicatos questionam iniciativa

Entidades discutem proposta do governo do Estado e já preparam mobilização

As entidades representativas dos servidores do Estado começaram a articular ontem uma ofensiva conjunta contra a decisão do governo estadual de parcelar o pagamento da folha de pessoal. Após divulgarem manifestações de repúdio, sindicatos se reuniram e preparam protestos para a semana que vem.

O principal questionamento dos sindicatos está relacionado com a crise econômica. As entidades apontam que as dificuldades financeiras vividas pelos funcionários do Estado serão agravadas com a manutenção do pagamento de metade dos salários até o última dia útil do mês trabalhado e o restante no quinto dia útil do mês seguinte, ainda dentro do prazo legal.

A medida, anunciada oficialmente pelo governo na noite de terça-feira, também vale para férias e 13° salário, que continuará sendo pago no mês de aniversário, e durará o ano todo. Paralelamente, também foi anunciado a antecipação da cobrança do ICMS das grandes empresas do dia 10 para o dia 5. Segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), esta mudança foi necessária para não causar atraso na quitação da folha.

O assunto foi tratado ontem em reunião do Fórum de Defesa dos Servidores do Estado de Goiás, que reúne entidades representativas de diversas categorias. Durante o encontro ficou acertado que haverá uma mobilização na próxima quinta-feira, na Assembleia Legislativa.

Um dos integrantes do Fórum, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico) iniciou ontem o contato com os sindicatos que representam servidores do Ministério Público (Sindsemp) e do Tribunal de Justiça (Sindijustiça) na tentativa de unificar o movimento. Estas duas últimas entidades publicaram notas de repúdio contra a medida.

Presidente do Sindipúblico, Thiago Vilar afirma que, apesar da legalidade do parcelamento, o mesmo é “um absurdo”. Ele afirma que não acredita na “crise alardeada” e que contratará uma consultoria para avaliar as contas do Estado. “Não houve troca de gestão. Este governo sempre teve todos os dados. Ele não poderia deixar de prever isto”, completa.

Reportagem: Caio Henrique Salgado / Fonte: Jornal O Popular

 

Sindicatos questionam iniciativa



Postado em 30/04/2015 Por Nylo Sérgio