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Servidores públicos salvam o Brasil

Enquanto o Brasil bate recordes diários de mortes por Covid-19, faltam vacinas para aplicação em massa, governos divergem entre si, magistrados pervertem a lei conforme suas orientações pessoais, o desemprego aumenta, boa parte da população se nega a seguir as orientações de proteção e a sociedade se vê desamparada e sob risco de não encontrar vagas nos hospitais, caso precise. Este é o cenário perfeito do caos.

Sabemos como prevenir e o custo de tentar remediar a Covid-19. A esperança da vacinação chegou acompanhada da nova variante brasileira do vírus e da sua alta letalidade. Os atrasos no fornecimento dos imunizantes, a negativa do governo na compra antecipada das vacinas e a incapacidade das instituições brasileiras em produzir uma vacina nacional, fruto do desinvestimento em ciência que acompanhamos nos últimos cinco anos, colocam a população em um funil social que mistura esperança, ansiedade e medo.

O Plano Nacional de Imunização prevê a vacinação prioritária dos agentes de saúde diretamente ligados ao combate à pandemia. Em seguida, os grupos de idosos e pessoas com comorbidades sérias que se encontram em alto risco. Mas o que se vê é um verdadeiro lobby de cada categoria para salvar a própria pele. As justificativas são todas justificáveis, pois toda categoria de trabalhadores é importante para a sociedade e essencial para quem dela vive. Daí já foram vacinados odontólogos, farmacêuticos e psicólogos. Agora é a vez dos agentes de segurança conseguirem se vacinar, juntamente com os professores.

No dia 9 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde informou em seu site que 620.352 pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina (8,84% da população de Goiás). A segunda dose chegou para apenas 2,49% da população, com 175.063 doses aplicadas.

Neste cenário o servidor público está presente: eles, sim, estão na linha de frente do combate à pandemia. Seja nos hospitais, no atendimento ao público, na segurança, na educação, nas ações sociais e de cidadania, na fiscalização ambiental e tributária, todos estão contribuindo para que o país não pare e a população não sofra ainda mais. A cada dia, a pandemia mostra o quanto os servidores públicos são fundamentais para toda a população, garantindo atendimento universal às necessidades básicas do nosso povo.

Enquanto a vacina não chega para todos, cabe ao governo endurecer as medidas de prevenção e garantir a subsistência de sua população. Sem uma distribuição de renda justa, o lockdown será apenas uma utopia.

Artigo do presidente do Sindipúblico, Nylo Sérgio, originalmente publicado no Jornal Diário de Goiás, dia 13/04/2021



Postado em 13/04/2021 Por Brenno Sarques